
Não quero usar esse espaço apenas como líder da oposição no Senado Federal. Peço licença para antes lembrar ao leitor do jornal digital Poder360 que relatei a reforma trabalhista em 2017. Em 2019, como secretário de Previdência e Trabalho, coordenei a equipe que elaborou e, consequentemente, aprovou a reforma da Previdência ao Congresso Nacional em 2019. Após ser nomeado ministro do Desenvolvimento Regional, articulei a aprovação do marco do saneamento junto ao Senado.
Os 3 assuntos, conduzidos pelos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), sempre foram tabus no país, necessitando de grande empenho junto ao Congresso Nacional, de maneira que a versão aprovada não aguasse em mera carta de intenções. Logo, não se espera de uma reforma estrutural a falta de visão de país, o aumento da incerteza e o descompromisso com gerações futuras.
Creio estar credenciado para afirmar que a reforma tributária está à deriva. Não levará o país a um bom destino, salvo grande mudança de seu curso. Sabemos apenas que o trabalhador comum irá remar mais do que aqueles que alcançaram benefícios tributários, isenções e regimes especiais. Isso porque, do texto que veio da Câmara, cerca de 5 pontos a mais de alíquota constarão em um fardo para o contribuinte médio. Foi transferido para a população toda a omissão do Poder Executivo no debate.